O layout das páginas como fator de lucratividade com adsense

Um dos motivos que me levaram a “desanimar” deste blog foi que, com o passar do tempo, não se vêem mais novidades relacionadas ao assunto ganhar dinheiro na Internet. Tudo pode ser resumido em Adsense e os outros programas que ou não estão disponíveis para brasileiros, ou então valem menos que aquilo que o gato enterra; com relação ao Adsense é tudo uma questão de não clique nos próprios anúncios, posicione anúncios acima da dobra, use anúncios gráficos e escolha cores combinando com o seu site.

Quero dizer: a cada pauta que eu pensava em escrever, batia uma sensação de que ou já havia escrito isso antes, ou que o assunto era batido demais, ou que — no caso de novos programas de afiliados — seria mais um lixo que não valeria a pena divulgar aos meus leitores.

Entretanto, um experimento que fiz recentemente, cujos resultados foram extremamente animadores, me abriu os olhos para alguns fatores que vou compartilhar aqui.

Há um tempo atrás eu fui a um churrasco, e havia um monte de gente pelo menos vinte anos mais jovem que eu. Lá pelas tantas estávamos num daqueles momentos descontraídos em que cada um vai contando uma piada, e eu como sujeito educado que sou — embora muita gente ache o contrário — ria das piadas deles, porque eram todas minhas conhecidas. Entretanto, cada piada que eu contava os moleques se retorciam de rir, e não era por educação nem por eu ser um excelente contador de piadas, mas sim porque as minhas piadas eram velhas para mim, mas para eles era tudo novidade.

Em se tratando de conhecimento compartilhado, dá-se o mesmo efeito. E só caiu-me essa ficha graças a um fato ligado diretamente ao assunto deste post.

Estava no Twitter, e um amigo perguntou se eu teria alguma dica para dar para que seu blog pudesse render um pouco mais. Quando ele perguntou logo imaginei que não teria muito a dizer a ele, primeiro porque o cara é muito inteligente, e segundo que — em minha concepção torta — tudo o que tinha para ser dito sobre Adsense já tinha sido antes.

Mas que surpresa! Visitei o site dele, que é lindo, tem cores extremamente bem escolhidas, tipografia impecável, diagramação perfeita, e percebi que ele negligenciava ou desconhecia todas as regras básicas de Adsense, que resumi no primeiro parágrafo!

A título de curiosidade: meu amigo não quis aplicar todas as dicas que dei a ele, mas com as que ele achou aceitáveis para seu blog ele conseguiu quintuplicar o faturamento de um dia para o outro.

Mais uma verdade que de nova não tem nada: não tem um único designer que se preste que nunca tenha lido “Não me Faça Pensar”, do Steve Krug. Felizmente não sou designer, e posso admitir abertamente que não li o livro (que dificilmente encontrará um concorrente à altura no quesito genialidade do título). Mas admito que o Krug tem razão ao dizer que usuário (cliente, visitante, qualquer um que use qualquer tipo de produto ou serviço), em sua imensa esmagadora maioria, não quer saber de pensar.

É como disse uma amiga comentando de uma colega pela primeira vez diante de um Mac: “como que faz a arroba?”. Ou seja, a mula não teve a dignidade nem de olhar para o teclado antes de fazer uma pergunta ridícula.

Parece papo de especulador da bolsa, mas é verdade: medrosos, acomodados e pusilânimes em geral ficarão apegados a centavos por pura falta de coragem de experimentar algo inovador (para eles), correndo o risco de “perder” os centavos.

Digo isso especificamente porque quando alguém monta um blog normalmente vai colecionando tranqueiras nas barras laterais e nas páginas de maneira geral: contadores disso, daquilo e de não sei o que mais, links para parceiros, links para visitantes que mais comentam, links para vídeos do YouTube, para álbuns do Flickr, Friend Connect, Twitter, Facebook, e mais uma infinidade de coisas. A pessoa acaba se apegando a essas coisas, e não consegue mais pensar seu blog sem essa poluição toda, não se reconhece numa “casa limpa”. Ah, claro, e há os anúncios também: como eu já disse, mesmo que não rendam nada, muitos resistirão em remover uma peça qualquer da página, sob a alegação de “vai que alguém ciica e entra uma grana”.

E não para por aí: embora algumas bocas maledicentes espalhem por aí que só o que interessa a quem vive de blogs é o dinheiro, isso não é verdade; para os colecionadores de tranqueiras mais ainda, o que mais importa é, na verdade, o leitor. E porque o leitor é importante, é muito comum que os donos de sites pensem mil vezes antes de colocar anúncios, porque sempre tem aqueles chatos insuportáveis que reclamam de tudo o tempo todo, como se a presença de um anúncio numa página a fizesse perder totalmente o valor. A dica nesse caso é: quem reclama tem problemas, não tem uma vida com que se preocupar e aí fica pentelhando na vida dos outros. Ignore esse tipo de comentário mala, e siga em frente, pois aqueles leitores que realmente apreciam o seu trabalho sabem que você, como qualquer ser humano, precisa de dinheiro para viver.

Clique para ampliar

Isso tudo posto, posso dizer que meu experimento implicou justamente trocar radicalmente o template de um dos meus sites mais rentáveis, seguindo as diretrizes simples abaixo.

O layout deve ser tão simples, mas tão simples, que o visitante só tenha duas alternativas de clique: ou no anúncio ou para ir a outra página do meu site.Os anúncios devem estar distribuídos de forma a tirar máxima vantagem do conhecido esquema de “zonas quentes” elaborado pelo Google (imagem ao lado), de forma a maximizar a taxa de cliques.O usuário deve ser surpreendido de alguma forma pela publicidade.

Com vistas a remover todas as tranqueiras logo pensei que seria a hora de elabora rum layout de uma única coluna, sem barras laterais. O texto deveria ser preto sobre fundo branco, e os links azuis, para “casar” ao máximo com o esquema de cores padrão do Google. As tranqueiras indispensáveis poderiam ser movidas para o fim da página, lá no rodapé.

Para surpreender o leitor poderia inserir anúncios bem no meio do texto, o que funciona particularmente bem se forem anúncios gráficos (eles atuam como ilustrações num post exclusivamente de texto).

E assim o fiz.

Há um certo consenso informal e velado de que a média aceitável de CTR (relação entre a quantidade de exibições de anúncios e a quantidade de cliques que eles recebem) varie entre 2% e 5%. Eu já tinha neste site um valor bem acima disso, mas com as mudanças eu consegui dobrar o CTR da noite para o dia. E o faturamento, claro, também aumentou muito, chegando quase a dobrar também.

Sei que você deve estar curioso para saber que site é esse. Vá lá rapidinho dar uma olhada no Emagrecer e volte aqui para terminar de ler, pois falta só um pouquinho para terminar. Não esqueça de entrar em um post individual (ou seja, não olhe só para a página inicial).

Animado com os resultados passei a aplicar a mesma fórmula de layout na minha rede inteira, como você já deve ter percebido aqui mesmo no Lucrando na Rede (cujos resultados foram ainda mais radicais, quadruplicando os ganhos da noite para o dia).

Para ilustrar, veja o gráfico abaixo.

Ele representa meu faturamento diário do Adsense. A linha azul é a soma da linha cinza com a vermelha, e as linhas retas horizontais representam a média daquela medida no decorrer do mês.

Por fim, pois este post está três vezes maior do que eu costumo e gosto de escrever, vale lembrar que essa fórmula funcionou comigo, e pode ou não funcionar com você. Da mesma forma, é normal que sites de baixa visitação (abaixo de mil por dia, por exemplo) tenham um CTR bem superior ao de sites de alta visitação. Feliz de quem consegue manter o CTR elevado à medida que a visitação aumenta, pois não é normal essa condição. Caberá a você, portanto, decidir se vale a pena mexer tão radicalmente no layout de seu site. Mas uma coisa é certa: se os ganhos forem baixos, o prejuízo caso tudo dê errado e precise voltar também será bem mais fácil de digerir.

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